Narrativas sobre política e a política das narrativas
reflexões sobre o uso de abordagens narrativas no estudo e no ensino de Relações Internacionais
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v15n3.2020.996Resumo
O uso de abordagens narrativas tem ganhado crescente atenção nos estudos de RI. Uma das principais promessas é mobilizar uma diversidade maior de interpretações e explorar a política da
contestação de maneiras que corroborem a visão das RI como reflexo da multiplicidade de mundo(s) da política internacional e global. Este artigo traz um mapa geral dos usos de abordagens narrativas nas RI,
conectando-as à ideia de “mundanidade”, avançada por Edward Said em sua discussão sobre a política da escrita e da representação na academia. Com isso, busca-se situar essa “virada narrativa” como
parte das complexidades de um contexto mais amplo de crise nas formas eurocêntricas de conhecimento e representação. Observa-se um movimento duplo de desencantamento e reencantamento intelectual que, por sua vez, sugere a produtividade desse desconforto frente às práticas de representação e ao lugar do “eu” na escrita acadêmica. Considerando essas reações e a busca compartilhada por uma relação mais empática entre pesquisador(a) e objeto, acadêmico(a)s e público em geral, professore(a)s e aluno(a)s, a última seção descreve brevemente a experiência do uso de abordagens narrativas em sala de aula, e como aluno(a)s se apropriaram (ou não) da narrativa para conferir sentido ao lugar do “eu” nas RI.
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