Sobre a Revista
Foco e Escopo
A Carta Internacional é uma revista da Associação Brasileira de Relações Internacionais, dedicada à publicação de trabalhos científicos da área. Seu objetivo é promover o debate intelectual qualificado a respeito de temáticas fundamentais do meio internacional que, no âmbito da ABRI, se organizam em sete eixos analíticos: Teoria das Relações Internacionais; Instituições Internacionais; Segurança Internacional, Estudos Estratégicos e Política de Defesa; Economia Política Internacional; Análise de Política Externa; História das Relações Internacionais e da Política Externa; Ensino e Pesquisa em Relações Internacionais. O escopo da Revista observa esses eixos analíticos e são muito bem-vindos trabalhos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que tratem de questões e problemas a eles relacionados. A Carta Internacional publica artigos originais e inovadores, consideradas essas áreas temáticas, e é aberta a uma ampla variedade de tradições teóricas e metodológicas. As contribuições que não enfatizem questões, problemas e fenômenos internacionais ou transfronteiriços, definidos como pertencentes à agenda de estudos internacionais, estão fora do escopo da revista.
A Carta é uma publicação quadrimestral, que recebe, em fluxo contínuo, artigos inéditos redigidos em português, inglês ou espanhol. Todo o processo de submissão é feito online, mediante observação das diretrizes para os autores, detalhadas na seção Submissões. A Carta zela por um padrão de alta qualidade, sendo a qualidade científica o critério fundamental de avaliação dos trabalhos submetidos para publicação. Antes de enviar o seu trabalho, certifique-se de que o manuscrito segue estritamente os padrões do periódico, conforme definidos nas orientações aos autores.
Em geral, é recomendável que os manuscritos tenham as seguintes características:
- exponham argumento claro e sucinto, que informe sua contribuição científica para o campo das RI;
- sejam baseados em literatura de ponta e atual, que expresse o estado da arte da temática de que trata o artigo;
- apresentem, no corpo do artigo, argumentos claramente estruturados e evidências robustas;
- possuam uma seção final, a ser denominada conclusão, que resuma adequadamente o conteúdo analisado ao longo do manuscrito, bem como apresente os resultados, podendo, inclusive, apontar para novas agendas de pesquisa;
- sejam redigidos de forma clara, utilizado corretamente a gramática e a linguagem acadêmica no idioma no qual for apresentado (português, inglês ou espanhol), além de observar rigorosamente todos os critérios de publicação da revista.
Processo de Avaliação pelos Pares
A Carta Internacional adota o processo de avaliação por pares em duplo cego (double blind peer review). A rigor, são designados dois pareceristas externos à instituição editora para cada artigo, definidos em função dos seguintes critérios: formação acadêmica, área de atuação, produção acadêmica na área temática do artigo, ausência de conflitos de interesses, diversidade institucional. O processo pode levar até 160 dias e inclui três etapas:
1) Todos os manuscritos submetidos são analisados pela equipe editorial que verifica se eles atendem a política editorial da Carta, se possuem consistência científica e se estão redigidos dentro de padrões adequados.
2) Se aprovados na primeira fase, os manuscritos são submetidos a mecanismos de detecção de similaridade, envolvendo, necessariamente, a identificação de partes do texto publicados anteriormente, seja pelo próprio autor ou por outra pessoa. Será utilizado o Similarity Check. Após esse procedimento, e se aprovado nesta etapa, o manuscrito é submetido à avaliação científica.
3) Os artigos aprovados na segunda etapa passam por arbitragem científica em sistema de duplo-cego. Os pareceristas são definidos em função dos seguintes critérios: formação acadêmica, área de atuação, produção acadêmica na área temática do artigo, ausência de conflitos de interesses, diversidade institucional. Os pareceristas podem recomendar a aceitação do artigo sem modificações, a aceitação com modificações, ou a recusa. No caso de pareceres divergentes, o manuscrito será submetido a um terceiro parecerista. A aceitação com modificações não garante a publicação do manuscrito, que dependerá do atendimento das alterações recomendadas. Nesse caso, a equipe editorial poderá reenviar o manuscrito para os pareceristas, tendo em vista a verificação das modificações solicitadas. No caso de recusa, o manuscrito não poderá ser submetido novamente à Carta, mesmo com modificações.
Periodicidade
A revista Carta Internacional é de publicação quadrimestral, com uma média de 10 artigos por edição, desde o volume 10, número 01, de 2015. A partir do volume 16, número 01 de 2021, a Carta Internacional passou a adotar a publicação contínua, mantendo a publicação de três números por ano.
Política de Acesso Livre
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona sua maior democratização. Não há cobranças de taxas e/ou contribuição financeira para autores, usuários ou instituições. Autores interessados podem submeter artigos e, caso o trabalho seja aceito, publicá-lo sem qualquer tipo de ônus. Todos os usuários e instituições podem acessar, ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir ou buscar o texto completo dos artigos aqui publicados. Essa política está de acordo com a definição BOAI de acesso livre.
Diretrizes para boas práticas editoriais
A equipe editorial da Carta Internacional estrutura sua política editorial a partir das diretrizes e princípios internacionais de boas e más práticas editoriais, reunidos nos documentos "Core Practices", do COPE (Comittee on Publication Ethics); e Responsible research publication: international standards for editors (2011), redigido durante a 2nd World Conference on Research Integrity. Desta forma, afirma seu compromisso com a integridade, clareza e observância dos padrões estabelecidos por estes documentos para o bom gerenciamento de periódicos científicos, subscrevendo abaixo os mais relevantes:
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Garantia da confidencialidade no processo de avaliação dos trabalhos no que diz respeito à identidade dos autores e pareceristas;
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Assertividade e cumprimento dos procedimentos relativos à revisão por pares em duplo cego, prevenindo situações que possam configurar como conflito de interesses entre as partes envolvidas no processo editorial;
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Caso haja identificação de conflito de interesse entre as partes ou de má conduta de envolvidos no processo editorial, como falsificação, fabricação ou distorção de dados e resultados de pesquisa, ou plágio, por exemplo; assegura-se a adoção dos procedimentos previstos pelo COPE (Comittee on Publication Ethics) para resolução de problemas éticos;
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Zelo pela propriedade intelectual dos autores.
De modo semelhante, a equipe editorial da Carta Internacional preza para que estes mesmos princípios que norteiam a política editorial sejam observados e seguidos pelos autores e pareceristas que colaboram com a revista. Como forma de assegurar isto, assume como referência os padrões descritos em documentos internacionais sobre conduta de avaliadores e autores:
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Autores: transparência e honestidade na estruturação e apresentação das metodologias usadas nos trabalhos, bem como dos resultados aferidos pela pesquisa; garantia do caráter inédito e original do trabalho; menção adequada a coautores e colaboradores que participaram de sua confecção; anonimato da autoria até a finalização do processo de avaliação em duplo cego.
Estas diretrizes estão de acordo com o documento Responsible research publication: international standards for authors (2011), redigido durante a 2nd World Conference on Research Integrity.
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Pareceristas/avaliadores: avaliação dos trabalhos com base no mérito científico da proposta; aceitação da solicitação de avaliação somente mediante a constatação de expertise para análise do tema proposto; observância da confidencialidade exigida no processo de avaliação por pares em duplo cego, não revelando informações sobre a atividade de avaliação para outros profissionais; notificação de conflitos de interesse relacionados à avaliação; imparcialidade quanto a aspectos políticos ou religiosos, por exemplo, que possam permear a análise do tema proposto. Todos os pareceristas/ avaliadores são externos ao staff da revista.
Estas diretrizes estão de acordo com o documento COPE Ethical Guidelines for Peer Reviewers (2013), redigido pelo Comittee on Publication Ethics.
Por meio do compromisso com estes padrões e princípios, a Carta Internacional reafirma seu objetivo de difusão da produção do conhecimento científico com a imparcialidade e qualidade exigidos no processo editorial, que contribuem para o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores em relações internacionais.
Política de Arquivamento
A Carta Internacional é preservada digitalmente pela PKP Preservation Network (PK PN).
ISSN eletrônico
2526-9038
Financiador
Desde 2006, a revista Carta Internacional conta com o apoio financeiro da ABRI.
Histórico do periódico
Criada em 1993 pelo Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP (NUPRI), a Carta Internacional acompanhou o processo de expansão e consolidação do campo das Relações Internacionais no Brasil. No momento de sua criação a multiplicação exponencial de cursos de graduação não havia sequer começado. Naquele momento, a Carta Internacional cumpria o papel de difusão de informação e veículo de debate entre pesquisadores, na forma de uma newsletter que mensalmente discutia temas candentes da política internacional. Durante uma década combinou, nas palavras de seu criador, o professor José Augusto Guilhon Albuquerque, “os tons do jornalismo e da análise acadêmica”. Combinação importantíssima que, a um só tempo, permitia assinalar a relevância política e social da agenda mais ampla das Relações Internacionais e a necessidade da análise política rigorosa e academicamente informada. Era o veículo perfeitamente adequado para um momento em que o campo de conhecimento se constituía como tal; de fato, a Carta Internacional contribuía para a consolidação do vocabulário, dos procedimentos de pesquisa e limites disciplinares do nascente campo das RI no Brasil.
Dez anos depois, a Carta Internacional seria reestruturada como um periódico científico. Seu alcance já era nacional, recolhendo contribuições e mobilizando leitores de todas as regiões do país. O estabelecimento desse novo formato coincidiu com a criação da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Não se trata, contudo, de mera coincidência. Tanto a criação da ABRI, quanto a reestruturação da Carta Internacional como um periódico científico, respondiam às demandas de um campo disciplinar em processo de consolidação. Entre 2006 e 2010 foram publicados 12 números da revista. Reunindo pelo menos uma centena de contribuições de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, a Carta Internacional se tornava uma referência para a reflexão acerca da agenda da política internacional no país. Referência importante para um campo que, nesse período, foi marcado pela multiplicação de cursos de mestrado e pela consolidação de seus primeiros doutorados. Referência necessária para o debate aprofundado e rigoroso dos principais temas da agenda de pesquisa em política internacional.
A ABRI e a Carta, cada uma a seu modo, contribuíram para o processo de consolidação do campo disciplinar das Relações Internacionais. Hoje, no momento em que esse campo se encontra consolidado, a Carta Internacional passa a ser editada pela ABRI. A possibilidade de manutenção de um periódico científico que tanto contribuiu para o desenvolvimento de nossa área no Brasil é uma grande honra e uma enorme responsabilidade. Esperamos que a ABRI possa corresponder às expectativas dos antigos editores da Carta Internacional e de seus associados. Esperamos ainda que possamos oferecer um grande impulso ao processo de internacionalização desse periódico científico e fortalecer seu papel de referência em nosso campo disciplinar.
Finalmente, gostaria de agradecer, em nome da ABRI, a todos aqueles que sustentaram ao longo dos últimos anos a publicação desse importante periódico. Gostaria de fazê-lo, na figura dos professores José Augusto Guilhon Albuquerque e Rafael Villa. Finalmente, gostaria de assinalar o compromisso da ABRI na manutenção da revista.
Paulo Lavigne Esteves
Presidente da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI)
Gestão 2011/2013