Sobre a Revista
Foco e Escopo
A Carta Internacional é a revista da Associação Brasileira de Relações Internacionais. Trata-se de um periódico científico independente, com avaliação por pares internacional, voltado à publicação de artigos que apresentam análises empíricas teoricamente embasadas e contribuições teóricas e conceituais originais nas principais áreas de estudo das relações internacionais. A Carta Internacional valoriza o pluralismo teórico e a diversidade epistemológica, metodológica e temática. Sua missão é promover o debate intelectual qualificado a respeito do meio internacional, adensando e divulgando o debate sobre a política internacional dentro e fora do país.
Publicada quadrimestralmente, a Revista recebe artigos inéditos redigidos em português, inglês ou espanhol em fluxo contínuo. As diretrizes para autoras e autores estão detalhadas na seção Submissões do nosso site.
Comprometida com a qualidade editorial, a Carta Internacional realiza um rigoroso processo de controle, avaliação e aprimoramento dos artigos submetidos, com a colaboração de sua equipe editorial e de pareceristas. A revisão por pares é orientada pelas temáticas e objetos específicos dos trabalhos, garantindo que as avaliações sejam emitidas por especialistas no conteúdo dos manuscritos. O periódico prima pela diversidade, equidade e inclusão na sua equipe editorial e na avaliação de manuscritos.
Classificação
A Carta Internacional é avaliada com o Qualis A2 pela CAPES (quadriênio 2017-2020).
Periodicidade
A Carta Internacional é de publicação quadrimestral desde o Volume 10 (2015). A partir do Volume 16 (2021), passou a adotar a publicação contínua, mantendo a publicação de três números por ano.
Financiamento
Desde 2006, a Revista Carta Internacional conta com o apoio financeiro da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Esse apoio garante que não haja cobrança de taxas para a submissão, publicação e acesso ao conteúdo do periódico.
Processo de Avaliação
A Carta Internacional adota o processo de avaliação por pares em modalidade duplo cega (double blind peer review). Para cada manuscrito são solicitados dois pareceres externos à Equipe Editorial, a serem emitidos por pesquisadoras e pesquisadores selecionados em função dos seguintes critérios: área de atuação e de especialidade, produção acadêmica na área temática do artigo, ausência de conflitos de interesses, formação acadêmica e diversidade institucional. A Equipe Editorial almeja manter uma média de 120 dias entre a submissão do manuscrito e a Decisão Editorial após conclusão das três etapas a seguir:
- Etapa de Filtragem: verifica-se que os manuscritos cumpram os requisitos formais de formatação e submissão da revista, conforme indicado na seção Submissões. Em seguida, ferramentas de detecção de similaridade (Similarity Check) são utilizadas para identificação de partes do texto publicadas anteriormente em veículos seriados, incluindo pelas próprias autoras e autores. Note-se que dissertações e teses publicadas em repositórios universitários não constituem material já publicado e podem ser utilizados livremente.
- Etapa de pré-avaliação editorial (desk review): Todos os manuscritos submetidos são analisados pela Equipe Editorial que verifica se atendem a política editorial e ao escopo da Carta Internacional, se possuem consistência científica e se estão redigidos dentro de padrões adequados. Manuscritos aprovados neste estágio são encaminhados para a avaliação externa.
- Etapa de Avaliação Externa: os manuscritos são encaminhados para avaliação científica em sistema de duplo-cego. Pareceres são solicitados de acordo com critérios de: formação acadêmica, área de atuação e especialidade, produção acadêmica na área temática do artigo, ausência de conflitos de interesses e diversidade institucional. Pareceristas emitem uma de quatro recomendações: aceitação para publicação; pedido de ajustes ou correções; pedido de revisão e submissão a nova rodada de avaliação externa; ou rejeição. Em casos de recomendações muito divergentes, uma terceira avaliação pode ser solicitada. Com base nos pareceres recebidos, a Equipe Editorial emite uma Carta de Decisão, enviada a autoras e autores, com um detalhamento das revisões necessárias. No caso de rejeição no processo editorial, o manuscrito não poderá ser submetido novamente à Carta Internacional.
A Carta Internacional trabalha com um intervalo de publicação de 18 meses entre manuscritos de mesma autoria e não aceita submissões simultâneas de uma mesma autora ou autor, mesmo que com coautoras e coautores diferentes. Autoras e autores de manuscritos rejeitados na pré-avaliação editorial (Etapa 2) devem esperar 120 dias, contados da data da carta de rejeição, antes de efetuar nova submissão ao periódico.
Política Editorial
A política editorial da Carta Internacional é pautada pelos princípios de autonomia, impessoalidade e excelência acadêmica. Dessa forma, o periódico fomenta um espaço para o debate e a produção de conhecimento no campo das Relações Internacionais no Brasil, operando como ponto de encontro para os diversos grupos de pesquisa e abordagens que o compõem. A Carta Internacional contribui para adensar a produção científica no campo e incentivar o desenvolvimento de novas abordagens para questões clássicas e contemporâneas da política internacional. Ademais, a revista é comprometida em acompanhar, expressar e participar das transformações no campo de Relações Internacionais no Brasil e no mundo, com especial atenção para a promoção da diversidade temática, regional, racial e de gênero, conforme as diretrizes da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Assim, a Carta Internacional afirma seu compromisso com a excelência acadêmica, o fortalecimento do campo de RI e a promoção de uma produção científica mais inclusiva e plural.
Política de Acesso Livre
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona sua maior democratização. Não há cobranças de taxas e/ou contribuição financeira para autoras, autores, leitoras, leitores, ou instituições. A submissão ocorre em fluxo contínuo e, caso o manuscrito seja aceito, a publicação ocorrerá sem qualquer tipo de ônus. Pesquisadoras, pesquisadores e instituições podem acessar, ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir ou buscar o texto completo dos artigos aqui publicados. Essa política está de acordo com a definição BOAI de acesso livre.
Copyright
Autoras e autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autora e autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autoras e autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Para mais informações sobre o uso e a reprodução de conteúdo, entre em contato com a equipe editorial pelo e-mail: cartainternacional@abri.org.br
Diretrizes para boas práticas editoriais
A Carta Internacional estrutura sua política editorial a partir das diretrizes e princípios internacionais de boas e más práticas editoriais, reunidos nos documentos "Core Practices" do COPE (Committee on Publication Ethics) e Responsible Research Publication: international standards for editors (2011). Dessa forma, afirma seu compromisso com a integridade, clareza e observância dos padrões estabelecidos por estes documentos para o bom gerenciamento de periódicos científicos, subscrevendo abaixo os mais relevantes:
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garantia da confidencialidade no processo de avaliação dos manuscritos no que diz respeito à identidade de autoras, autores e pareceristas;
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assertividade e cumprimento dos procedimentos relativos à revisão por pares em duplo cego, prevenindo situações que possam configurar conflito de interesses entre as partes envolvidas no processo editorial;
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caso haja identificação de conflito de interesse entre as partes ou de má conduta de pessoas envolvidas no processo editorial (como falsificação, fabricação ou distorção de dados e resultados de pesquisa, ou plágio), assegura-se a adoção dos procedimentos previstos pelo COPE (Comittee on Publication Ethics) para resolução de problemas éticos;
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zelo pela propriedade intelectual de autoras e autores.
De modo semelhante, a Carta Internacional preza para que estes mesmos princípios sejam observados e seguidos por autoras, autores e pareceristas que colaboram com a Revista. Como forma de assegurar isto, assume como referência os padrões descritos em documentos internacionais:
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Autoras e autores: transparência e honestidade na estruturação e apresentação das metodologias usadas nos manuscritos, bem como dos resultados obtidos; garantia do caráter inédito e original da submissão; menção adequada a coautoras, coautores e outras colaborações que participaram de sua confecção; anonimato da autoria até a finalização do processo de avaliação em duplo cego. Estas diretrizes estão de acordo com Responsible research publication: international standards for authors.
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Pareceristas: avaliação dos trabalhos com base no mérito científico da proposta; aceitação da solicitação de avaliação somente mediante a constatação de expertise para análise do tema proposto; observância da confidencialidade exigida no processo de avaliação por pares em duplo cego, não revelando informações sobre a atividade de avaliação para terceiras partes; notificação de conflitos de interesse relacionados à avaliação; imparcialidade quanto a aspectos políticos ou religiosos, por exemplo, que possam permear a análise do tema. Todo o corpo de pareceristas é externo à Equipe Editorial. Estas diretrizes estão de acordo com Ethical Guidelines for Peer Reviewers (2013).
Por meio do compromisso com estes padrões e princípios, a Carta Internacional reafirma seu objetivo de difusão da produção do conhecimento científico com a imparcialidade e qualidade exigidos no processo editorial, que contribuem para o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores em relações internacionais.
Política de Inclusão e Diversidade
A Carta Internacional está comprometida com a promoção de diversidade, equidade e inclusão em suas práticas editoriais, notadamente na composição da sua equipe editorial e corpo de pareceristas. Além disso, assegura que os processos de submissão e avaliação de manuscritos sejam justos, transparentes e imparciais, incentivando a participação de pesquisadoras e pesquisadores situados em diferentes contextos. Ao fomentar um ambiente de respeito e equidade, contribui para a construção de uma produção científica mais democrática e acessível às diferentes partes do ecossistema acadêmico.
Política para detecção de plágio e uso de inteligência artificial
Todos os manuscritos submetidos à Carta Internacional passam por uma análise de similaridade para garantir a originalidade do conteúdo. O plágio, entendido como a cópia não autorizada de textos, ideias ou dados sem a devida citação, será tratado com a máxima seriedade. Caso seja identificado plágio em qualquer etapa do processo editorial, o artigo será rejeitado e os autores poderão ser banidos de futuras submissões à revista. Autoras e autores devem seguir as melhores práticas de citação e referência, respeitando o trabalho intelectual do restante da comunidade acadêmica e contribuindo para um ambiente de pesquisa ético e confiável.
O uso de ferramentas de inteligência artificial no processo de elaboração dos manuscritos deve ser devidamente explicitada por autoras e autores, indicando com transparência quais ferramentas foram utilizadas e para quais fins. O bom senso e as boas práticas devem ser observadas ao utilizar tais tecnologias, garantindo que o trabalho final mantenha a integridade acadêmica e científica.
Política sobre conflitos de interesse
Todas as pessoas participantes do processo editorial de um manuscrito—incluindo autoras e autores, pareceristas e membros da Equipe Editorial—devem obrigatoriamente declarar a existência de um conflito de interesse efetivo ou potencial assim que ele for identificado.
Conflitos de interesse ocorrem quando participantes no processo editorial possuem interesses que podem influenciar na elaboração do manuscrito ou em suas decisões a seu respeito. A Carta Internacional reconhece conflitos de interesse de natureza pessoal, política, profissional e financeira.
Autoras e autores são responsáveis por identificar, na Carta à Equipe Editorial, conflitos de interesse que possam ter influenciado a elaboração do seu manuscrito quando da submissão. Pareceristas devem indicar potenciais conflitos de interesse quando recebem um convite para avaliação ou posteriormente, caso identifiquem o conflito durante a avaliação. Membros da Equipe Editorial devem manifestar o conflito de interesse quando um manuscrito lhes é atribuído, para que o mesmo seja direcionado a outra editora ou editor.
Informações sobre conflito de interesse estão disponíveis em: Disclosure of Financial and Non-Financial Relationships and Activities, and Conflicts of Interest (em inglês).
Política de Arquivamento
A Carta Internacional é preservada digitalmente pela PKP Preservation Network (PK PN).
ISSN eletrônico
2526-9038
Histórico do periódico
Criada em 1993 pelo Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP (NUPRI), a Carta Internacional acompanhou o processo de expansão e consolidação do campo das Relações Internacionais no Brasil. No momento de sua criação a multiplicação exponencial de cursos de graduação não havia sequer começado. Naquele momento, a Carta Internacional cumpria o papel de difusão de informação e veículo de debate entre pesquisadores, na forma de uma newsletter que mensalmente discutia temas candentes da política internacional. Durante uma década combinou, nas palavras de seu criador, o professor José Augusto Guilhon Albuquerque, “os tons do jornalismo e da análise acadêmica”. Combinação importantíssima que, a um só tempo, permitia assinalar a relevância política e social da agenda mais ampla das Relações Internacionais e a necessidade da análise política rigorosa e academicamente informada. Era o veículo perfeitamente adequado para um momento em que o campo de conhecimento se constituía como tal; de fato, a Carta Internacional contribuía para a consolidação do vocabulário, dos procedimentos de pesquisa e limites disciplinares do nascente campo das RI no Brasil.
Dez anos depois, a Carta Internacional seria reestruturada como um periódico científico. Seu alcance já era nacional, recolhendo contribuições e mobilizando leitores de todas as regiões do país. O estabelecimento desse novo formato coincidiu com a criação da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Não se trata, contudo, de mera coincidência. Tanto a criação da ABRI, quanto a reestruturação da Carta Internacional como um periódico científico, respondiam às demandas de um campo disciplinar em processo de consolidação. Entre 2006 e 2010 foram publicados 12 números da revista. Reunindo pelo menos uma centena de contribuições de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, a Carta Internacional se tornava uma referência para a reflexão acerca da agenda da política internacional no país. Referência importante para um campo que, nesse período, foi marcado pela multiplicação de cursos de mestrado e pela consolidação de seus primeiros doutorados. Referência necessária para o debate aprofundado e rigoroso dos principais temas da agenda de pesquisa em política internacional.
A ABRI e a Carta, cada uma a seu modo, contribuíram para o processo de consolidação do campo disciplinar das Relações Internacionais. Hoje, no momento em que esse campo se encontra consolidado, a Carta Internacional passa a ser editada pela ABRI. A possibilidade de manutenção de um periódico científico que tanto contribuiu para o desenvolvimento de nossa área no Brasil é uma grande honra e uma enorme responsabilidade. Esperamos que a ABRI possa corresponder às expectativas dos antigos editores da Carta Internacional e de seus associados. Esperamos ainda que possamos oferecer um grande impulso ao processo de internacionalização desse periódico científico e fortalecer seu papel de referência em nosso campo disciplinar.
Finalmente, gostaria de agradecer, em nome da ABRI, a todos aqueles que sustentaram ao longo dos últimos anos a publicação desse importante periódico. Gostaria de fazê-lo, na figura dos professores José Augusto Guilhon Albuquerque e Rafael Villa. Finalmente, gostaria de assinalar o compromisso da ABRI na manutenção da revista.
Paulo Lavigne Esteves
Presidente da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI)
Gestão 2011/2013