Infiltração clandestina: a questão da diferença no pensamento latino-americano

Autores/as

  • Lara Selis Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.21530/ci.v13n2.2018.807

Resumen

Este artigo constitui um esforço de leitura de autores que se engajaram na reativação das margens como espaço de enunciação intelectual na América Latina. Nesse sentido, desenha-se uma reflexão cuja curiosidade seminal se direciona sobre o lugar em que o escritor latinoamericano joga com os signos de outro escritor, o europeu. Buscando analisar como algumas escolas enfrentaram o silenciamento epistemológico da região, o presente trabalho retoma brevemente a literatura produzida pelas teorias da dependência, pelo grupo modernidade/colonialidade e pelos intérpretes da antropofagia. A partir de tal base, argumenta-se pelo espaço de enunciação marginal reativada através de uma epistemologia capaz de estabelecer a diferença como valor crítico. Através dessas lentes, sugere-se que, em cada uma daquelas correntes, verificam-se diferentes visões e graus distintos de resistência diante da figura da Europa ou dos países centrais. Ao fim, configuram-se múltiplas modalidades de infiltração
clandestina, mas que compartilham da preocupação com um lócus de fala periférica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Lara Selis, Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (2008) e mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2011). Atualmente é doutoranda em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e Professora Assistente na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). 

Citas

ANSALDI, Waldo. Entre perplejidades y angustias. Notas para pensar las ciencias sociales latinoamericana.IN: Yamandú Acosta et.al (Coord). América Latina piensa en América Latina. 1a ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2015.

AZEVEDO, Beatriz. Antropofagia: Palimpsesto Selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2016.

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Rev. Bras. Ciênc.Polít. no.11, Brasília, 2013.

BORTOLUCI, José H.; JANSEN, Robert S. Toward a Postcolonial Sociology: The view from Latin America. IN: GO, Julian (ed). Postcolonial Sociology: Political Power and Social Theory, Volume 24, 2013, p.199–229.

CARDOSO, Fernando Henrique; SERRA, José. Las desventuras de la dialéctica de la dependencia. Revista Mexicana de Sociología, v. 40, número extraordinario, 1978, p. 9-55.

DARBY, Phillip; PAOLINI, A.J. Bridging International Relations and Postcolonialism. Alternatives: Global, Local, Political. (19), 1994, p. 371-397.

DUSSEL, Enrique. Europe, Modernity, and Eurocentrism. Nepantla: Views from South. Duke University Press, v. 1, issue 3, 2000, p. 465-478.

ESCOBAR, Arturo. Mundos y Conocimientos de otro modo: El programa de investigación de modernidad/colonialidad latinoamericano. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, no.1, 2003, p.51-86.

FIGUEIREDO, Vera F. Antropofagia: uma releitura do paradigma da razão moderna. In: RUFFINELLI, Jorge; ROCHA, João Cezar de Castro. Antropofagia Hoje? Oswald de Andrade em Cena. São Paulo: Editora Realizações, 2011.

GO, JULIAN. Introduction: Entangling Postcoloniality and Sociological Thought. In: ________ (ed).Postcolonial Sociology: Political Power and Social Theory., Volume 24, 2013, p.3–31

GROSFOGUEL, Ramón. La Descolonizacíon de la Economía Política y los estudios Postcoloniales: Transmodernidad, pensamiento fronterizo y colonialidad global. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, No.4, 2006, p. 17-48.

INAYATULLAH, Naeem; BLANEY, David. International Relations and the Problem of Difference. Routlege, 2004.

LIMA, Luiz Costa. Antropofagia e Controle do Imaginário. In: Pensando nos trópicos (Dispersa Demanda II). Rio de Janeiro: Rocco, 1991, p. 26-39.

MARINI, Ruy Mauro. Dialéctica de la dependencia. México D.F.: Ediciones Era, 1973.

MIGNOLO, Walter D. La Razón Postcolonial: Herencias coloniales y teorías postcoloniales. In: Gonzáles Stephan, Beatriz, Cultura y Tercer Mundo: Cambios en el Saber Académico, Nueva Sociedad, Venezuela, p. 99-136, 1996.

MIGNOLO, Walter D. Histórias Locais/ Projetos Globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Trad. Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG , 2003.

MIGNOLO, Walter D. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Trad Ângela Lopes Norte. Revista Gragoatá, n. 22, 2007.

OSORIO, Jorge Mario Flores. Praxis and Liberation in the Context of Latin American Theory. In: MONTERO, M; SONN, C.C. (eds.). Psychology of Liberation: Theory and Applications. New York: Springer Science + Business Media, 2009.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y modernidad/racionalidad. In: Perú Indígena, nº 13 (29), 1992, p. 11-20.

QUIJANO, Anibal. Coloniality of Power, Eurocentrism, and Latin America. Nepantla: Views from South, Duke University Press, v.1, issue, 3, 2000, p. 533-580.

SALAZAR BONDY, Augusto. ¿Existe una filosofía de nuestra América? México: siglo xxi editore, 1968.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

SMITH, Steve. Positivism and Beyond. In: BOOTH, Ken; SMITH, Steve; ZALEWSKI, Marysia. (Ed) International Theory: Positivism and Beyond. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

SPIVAK, Gayatri. A Critique of Postcolonial Reason: Towards a History of the Vanishing Present. Harvard UP, 1999.

SZTUTMAN, Renato. Apresentação. In: _______ (Org). Encontros: Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2008.

TICKNER, Arlene B. Core, periphery and (neo)imperialist International Relations. European Journal of International Relations, 19 (3), 2013, p. 627­–646.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Antropologia e imaginação da indisciplinaridade. Conferência proferida na UFMG, 2005. Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=ry1ykrRVqYk

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Entrevista”. In: COHN, Sergio; REZENDE, Renato; CESARINO, Pedro. Azougue – edição especial, 2006-2008.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O perspectivismo é a retomada da antropofagia oswaldiana em novos termos. In: SZTUTMAN, Renato (Org). Encontros: Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2008.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrurual. São Paulo: Casac Naify, 2015.

WALKER, Robert. Inside/Outside: International Relations as Political Theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

Publicado

2018-10-05

Cómo citar

Selis, L. (2018). Infiltração clandestina: a questão da diferença no pensamento latino-americano. Carta Internacional, 13(2). https://doi.org/10.21530/ci.v13n2.2018.807

Número

Sección

Artigos