Em busca da credibilidade perdida: a turnê global de Collor como presidente-eleito
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v10n2.2015.240Palabras clave:
Collor, Diplomacia Presidencial, Autonomia pela modernização, Política Externa, ItamaratyResumen
Este trabalho tem como objetivo avaliar a viagem realizada por Fernando Collor de Mello a doze países (Argentina, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, Japão, União Soviética, Alemanha, Itália, França, Inglaterra, Portugal, Espanha) no curto período entre a eleição e a posse. Parte-se da hipótese de que o presidente-eleito foi motivado pela necessidade de recuperar a credibilidade internacional do Brasil, que havia sido comprometida ao longo do governo Sarney em função de três grandes problemas: protecionismo comercial, dívida externa e ecologia. Para resgatá-la, Collor valeu-se de três estratégias: (1) aproximou-se do Itamaraty no processo, com vistas a dirimir as costumeiras críticas quanto ao “amadorismo” do presidente, carente de bases político-partidárias; (2) reafirmou seu papel como principal fiador internacional do Brasil, descolando-se da imagem deixada pelo governo Sarney; (3) enfatizou os três temas que eram mais sensíveis à imagem do país no mundo. No contexto de sua viagem, Collor lançou as bases da autonomia pela modernização, que foi a estratégia de inserção internacional adotada ao longo de seu governo.
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