Ajuste estratégico na política sul-americana do Brasil: alcançando a fronteira norte (1969-1983)
Resumen
O objetivo deste artigo é entender os impactos do ajuste estratégico na política sul-americana do Brasil efetuada entre 1969 e 1983. Primeiro, o governo brasileiro buscou instrumentalizar a cooperação com países-chaves da fronteira norte, como República Cooperativista da Guiana, Venezuela e Suriname. Como consequência, gerou uma espécie de redimensionamento do conceito de América do Sul como foco da política exterior do Brasil, circunscrito de maneira imperfeita ao Cone Sul desde os tempos da gestão do Barão do Rio Branco. Além do mais, atuou no sentido de reconstituir a imagem de autoritarismo, imperialismo e hegemonia que retratava o Brasil de forma negativa na região durante várias décadas. Em suma, a contextualização histórica da atuação do Brasil na fronteira norte da América do Sul nos anos 1970 ajuda a entender os pontos de partida de algumas escolhas e preferências atuais da diplomacia brasileira.
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