No truque: fluxos migratórios de travestis brasileiras à Espanha sob uma perspectiva transnacional
Abstract
Este artigo se propõe analisar os fluxos migratórios de travestis brasileiras para a Europa, no caso a Espanha, nos parâmetros da transnacionalização, como fenômeno da globalização, e com isso a construção de identidades no processo em que estão inseridas as travestis brasileiras. Neste sentido, procurarei mostrar como elas se comportam ante as barreiras impostas a suas viagens internacionais, em termos da viagem propriamente dita e das regulamentações estabelecidas, bem como em relação a um novo direcionamento de Europa que surgiu nestas últimas três décadas. Me reporto à discussão de Hall quando trata de identificação como parte de um “complexo de processos e forças de mudança” (2001: 67), e a globalização, enquanto condição que as atrai para o novo, para uma nova situação de vida, de espaço e comportamento localizado em uma situação “diaspórica” (2003), numa “migração de trânsito” (CASTRO, 2004: 06) ou, como afirma Sayad (1998) emigração repetida (Sayad, 1998).
Palavras-chave: identidade, transnacionalização, migrações internacionais.
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