A política externa brasileira para a África de Lula a Temer
mudança matricial em meio à crise
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v15n3.2020.990Resumo
A política externa brasileira para a África sofreu inflexão durante os anos 2000. A posse de Luiz Inácio (Lula) da Silva marcou uma clara mudança nos paradigmas da política externa brasileira, acarretando
a retomada da atribuição de importância ao continente africano. A partir do primeiro mandato de Dilma Rousseff, em 2011, as relações com o continente vivenciaram um enfraquecimento, resultado de
condicionamentos internos e externos, ainda que tenham mantido sua relevância para a política externa brasileira tanto em termos políticos, quanto econômicos. Com a ascensão de Michel Temer ao poder, em
2016, operou-se uma reorientação nas linhas gerais da política externa brasileira, colocando em questão o espaço ocupado pelo continente africano ao longo dos anos 2000. Nesse sentido, este trabalho avalia os impactos que a política externa brasileira para o continente africano sofreu a partir de Temer. Para tanto, apoia-se sobretudo nos trabalhos de Charles Hermann (1990), com o intuito de analisar os diferentes níveis de mudança de política externa; e de Ricardo Sennes (2003), com o objetivo de demonstrar que a matriz de política externa que marcou os governos Lula e Dilma é distinta daquela do governo Temer.
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