Acumulação, Distribuição e Estratégia sob Mao
Legados do maoísmo para o desenvolvimento da China
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v14n2.2019.931Resumo
O objetivo deste artigo é expor e sistematizar os principais paradoxos do regime de acumulação chinês, entre 1949 e 1976, a fim de traçar as linhas gerais do legado maoísta para o desenvolvimento recente da China. Problematiza-se, assim, a narrativa dominante de que o boom econômico chinês se inicia apenas a partir das reformas pós-1978, que teriam rompido com um suposto profundo atraso econômico durante as décadas sob Mao. Neste artigo, argumenta-se que o período maoísta é marcado por grandes paradoxos, que deixaram um legado determinante para a atual trajetória da China, dentre os quais exploraremos: o rápido processo de industrialização e transformação estrutural sem urbanização; a estratégia militar para a guerra, que levou a industrialização para regiões remotas do país, mas sem especialização ou autonomia produtiva; a melhora nos indicadores de bem-estar com concomitante estagnação na produtividade agrícola e consolidação do gap urbano-rural.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.