Comunidades epistêmicas e de prática em Defesa na Argentina e no Brasil: entre a organicidade e a plasticidade
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v11n3.2016.510Palavras-chave:
Argentina, Brasil, Defesa, comunidades epistêmicas, comunidades de práticaResumo
Amparado em uma discussão conceitual sobre comunidades epistêmicas e sobre comunidades de prática, é objetivo do texto tratar de analisar a condução política das questões militares e de Defesa na Argentina e no Brasil. Comunidades epistêmicas referem-se grupos de pessoas com conhecimento socialmente legitimado que atuam junto a Estados para produzir políticas, enquanto as comunidades de prática aludem aos saberes e fazeres orientados, em última instância, para a busca de transformações nas estruturas sociais. Apresentados e desenvolvidos os conceitos, voltamo-nos para os casos em tela, discorrendo sobre cada um deles, para então indicar as diferenças de posturas nos dois países. Enquanto na Argentina formou-se uma comunidade epistêmica que influiu sobre os contornos fundamentais da política de defesa no retorno da democracia, no Brasil não surgiu um ator semelhante, ainda que se argumente o surgimento de uma comunidade de prática, uma proto-comunidade epistêmica. Ainda que dissonantes, os dois países vêm produzindo ações e visões compartilhadas que fortalecem mecanismos de cooperação na área.
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