As relações Brasil-China nos governos Lula e Dilma

burguesia interna e subordinação conflitiva

Autores

  • Tatiana Berringer Universidade Federal do ABC
  • Bruna Belasques

DOI:

https://doi.org/10.21530/ci.v15n3.2020.1078

Resumo

Este trabalho analisa as relações entre os Estados brasileiro e chinês durante os governos Lula e Dilma. Busca-se confrontar análises acadêmicas que criticaram a política externa dos governos Dilma,
tendo em vista o perfil da presidenta ou o impacto da diminuição do preço das commodities. Nossa hipótese é a de que houve continuidade da estratégia da inserção internacional do Estado brasileiro dos dois governos do PT, apesar dos resultados econômicos e da projeção política terem sido menores. Investigamos a posição da grande burguesia interna brasileira em relação à política externa. Concluímos
que a crise da política doméstica e a nova dinâmica da economia política internacional acabaram produzindo efeitos pertinentes na composição da frente política neodesenvolvimentista, e,  especialmente, para a perda de apoio da burguesia interna pelo governo Dilma. No entanto, é possível identificar que as relações com o Estado chinês não representam uma contradição latente no interior dessa fração de classe, apesar do aumento das importações chinesas para o Brasil desde 2008, isso porque há um relativo consenso entre o agronegócio e a indústria sobre a recepção dos investimentos chineses em setores estratégicos como energia e infraestrutura.

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Biografia do Autor

Tatiana Berringer, Universidade Federal do ABC

Doutora em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP; Professora Adjunta 1 de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC — UFABC

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Publicado

2020-11-08

Como Citar

Berringer, T., & Belasques, B. . (2020). As relações Brasil-China nos governos Lula e Dilma: burguesia interna e subordinação conflitiva. Carta Internacional, 15(3). https://doi.org/10.21530/ci.v15n3.2020.1078