Ascensão chinesa e reconfiguração da disputa central de poder contemporânea:
Consenso de Pequim e posicionamentos da Política Externa Brasileira para a articulação do processo de integração sul-americano
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v14n3.2019.955Resumo
As relações internacionais contemporâneas são estruturadas e influenciadas por uma correlação de poder distinta da predominante na esteira do final da Guerra Fria e dos anos imediatamente subsequentes àquele momento histórico. Aspecto marcante é a ascensão da China, cujo acúmulo de poder a coloca como ator essencial para a reestruturação do sistema internacional, o que contrasta o poder hegemônico norte-americano. Essa situação favorece a conformação de novos espaços de concertação para ocupação e projeção de poder, nos quais se observa o adensamento das relações entre países não desenvolvidos, no âmbito da formulação do conceito de Sul Global. Esse processo de consolidação da China como polo de
poder e da singularidade dessa inserção no sistema internacional nos últimos anos suscitou a ideia de um Consenso de Pequim como alternativa aos Estados Unidos, leitura com uma conotação pejorativa de dominação em relação aos países do Sul Global. Assim, por meio de fundamentação teórica baseada no Realismo Ofensivo e na perspectiva do Poder Global, centra-se prisma investigativo na Política Externa Brasileira, com o objetivo de analisar os desdobramentos desse processo e suas implicações para a projeção brasileira de poder na dimensão regional sul-americana nos últimos anos.
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