A resiliência das agências de rating no sistema financeiro internacional
uma análise teórica
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v14n2.2019.925Resumo
Por que as agências de rating permanecem como atores chave na dinâmica financeira global, mesmo após seus sucessivos fracassos enquanto avaliadoras de risco? Este artigo analisa a resiliência destas empresas a partir de reflexões teóricas, que permitem confrontar suas trajetórias históricas com uma perspectiva da globalização financeira que leva em conta tanto suas motivações políticas quanto seus desdobramentos econômicos. A hipótese trabalhada considera que o papel desempenhado pelas agências no sistema financeiro internacional excede a função de classificação de risco, consistindo também na manutenção da coerência interna do regime financeiro que se constituiu sobre a projeção do poder estrutural dos Estados Unidos e que se traduz no Consenso de Washington. Com esta finalidade, conjuga-se a teoria de Panitch e Gindin (2012) e de Konings (2011), que compreendem a globalização financeira como uma expansão do sistema financeiro dos Estados Unidos para o restante do globo, com reflexões teóricas e recentes observações empíricas de marcos regulatórios e sobre o modus operandi de Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings. Busca-se, assim, contribuir para melhor compreensão acerca dos objetivos dessas empresas e conferir solidez teórica a possíveis pesquisas empíricas em torno de suas ações.
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