Ruling through the International Criminal Court’s rules
legalized hegemony, sovereign (in)equality, and the Al Bashir Case
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v14n1.2019.841Resumo
Este artigo investiga a (des)igualdade soberana como um fenômeno que se manifesta nos
diferentes níveis de instituições internacionais. A análise é desenvolvida a partir do estudo
do processo contra Omar Al Bashir, presidente em exercício do Sudão, no Tribunal Penal
Internacional. Considerando que normas e regras possuem um papel social nas múltiplas
relações existentes em meio a agentes e a estruturas, ou seja, elas transformam as relações
no sistema internacional, o artigo investiga as disposições e princípios presentes no âmbito
do Tribunal Penal Internacional, que autorizam uma discriminação entre os Estados. Essa
distinção implica a imposição de regras internacionais para alguns atores e a manutenção
de certas prerrogativas soberanas para outros. Mais especificamente, a justiça internacional
penal é caracterizada pela seletividade nos julgamentos, uma vez que é conferida a alguns
países certa autoridade sobre o regime. Nesse sentido, defende-se que a (des)igualdade
soberana que está presente no direito internacional penal é, simultaneamente, manifestação
e condição de possibilidade da hierarquia na arquitetura social, e portanto normativa
institucional, e política do sistema internacional. Argumenta-se, assim, que a presença
dessa (des)igualdade soberana pode ser identificada nos diferentes níveis das instituições
da sociedade internacional, na medida em que elas influenciam umas às outras.
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