Argentina e Brasil na visão dos think tanks dos Estados Unidos
DOI:
https://doi.org/10.21530/ci.v13n1.2018.725Palavras-chave:
think tanks, relações Brasil-Estados Unidos, relações Argentina Estados Unidos, países emergentes.Resumo
No decorrer dos anos 2000, Argentina e Brasil chamaram atenção dos think tanks dos Estados Unidos dedicados à América Latina e aos países emergentes, por conta da eleição de governantes progressistas e do maior protagonismo externo desses países, expresso em iniciativas como a liderança da MINUSTAH, a criação de novos mecanismos de concertação regional e na adoção de posições críticas ao sistema liderado pelos EUA, embora não necessariamente identificadas com o bolivarianismo. Esse papel suscitou considerável produção de “experts” a respeito dos dois países no sentido de decifrar essa nova realidade
e de orientar a política dos Estados Unidos para a região. O presente estudo analisa como a produção ideacional dos think tanks dos EUA abordou o ciclo de maior protagonismo externo da Argentina e do Brasil, as crises domésticas e os novos governos que chegaram ao poder em 2015 e 2016. São escrutinadas as temáticas dominantes e enfatizados, na análise, os aspectos securitários e estratégicos considerados pelos think tanks como mais relevantes para os Estados Unidos, assim como as recomendações políticas feitas por tais organizações.
Downloads
Referências
ABELSON, Donald. A capital idea: think tanks and US foreign policy. Montreal: McGill-Queen’s University Press, 2006.
ABELSON, Donald. A capitol idea: think tanks and US foreign policy. Toronto: McGill-Queen’s University Press, 2006.
ARNSON, Cynthia. U.S.-Argentine Relations and the Visit of President Mauricio Macri. Wilson Center. Washington, DC:, 2017.
BODMAN, Samuel, WOLFENSOHN, James e SWEIG, Julia (orgs.). Global Brazil and U.S.-Brazil Relations. Independent Task Force Report No. 66. Washington, DC: Council on Foreign Affairs, 2011.
BUSSO, Anabella. Los vaivenes de la política exterior argentina re-democratizada (1983-2013). Reflexiones sobre el impacto de los condicionantes internos. Estudios Internacionales. Chile, v. 177, 2014.
HAKIM, Peter. Defrosting US-Brazilian Relations. The Dialogue. Washington, DC, 2016.
HURRELL, Andrew. Hegemony, liberalism and global order: what space for would-be great powers? International Affairs 82, 1 (2006) 1‒19.
KAHLER, Miles. Rising powers and global governance: negotiating change in a resilient status quo. International Affairs. 89:3 (2013) 711-729.
LACHMAN, Desmond. Brazil’s woes are ‘Exhibit A’ for why Trump shouldn’t batter
IMF. Washington, DC: AEI, 2017.
LEGRO, Jeffrey. Whence American Internationalism. International Organization, Vol. 54, No. 2 (Spring, 2000), pp. 253-289
MARES David, TRINKUNAS, Harold. Aspirational power: Brazil on the long road to global influence. Washington, DC: Brookings Institution Press, 2016.
MARES, David and TRINKUNAS, Harold. Aspirational power: Brazil on the long road to global influence. Washington, DC: Brookings Institution Press, 2016.
McGANN, James. 2014 Global Go To Think Tank Index Report. Philadelphia: University of Pennsylvania, 2015.
MEDVETZ, Thomas. Think Tanks in America. Chicago: The University of Chicago Press, 2012.
NORIEGA, Roger. Argentina’s Race to the Bottom. Washington, DC: AEI, 2013.
NORIEGA, Roger. Argentina’s Road to Recovery. Washington, DC: AEI, 2015
NORIEGA, Roger. Fresh evidence emerging of Iran’s deadly nuclear and terror ties to Argentina. Washington, DC: AEI, 2016.
O’NIELL, Shannon . A Game of Inches: The Uncertain Fight Against Corruption in Latin America. Washington, DC: CFR, 2016.
PARMAR, Inderjeet. Think tanks and power in foreign policy: a comparative study of the role and influence of the Council on Foreign Relations and the Royal Institute of International Affairs, 1939-1945. New York: Palgrave, 2004.
PICCONE, Ted. Five rising democracies and the fate of the international liberal order. Washington, DC: Brookings Institution Press, 2016.
POSEN, Barry. Emerging Multipolarity: Why Should We Care? Current History. November, 2009, pp. 347-352.
POSEN, Barry. Restraint: a new foundation for US Grand strategy. Ithaca: Cornell University Press, 2014.
ROBERTS, James. Argentina: implications for the U.S. if the First Lady Cristina Fernandez de Kirchner becomes President. Washington, DC: AEI, 2007.
ROBERTS, James. Holding the Kirchners accountable for the Argentina’s free fall. Washington, DC: AEI, 2011.
SARAIVA, Miriam. Os limites da política externa de Dilma Rousseff para América do Sul. Revista Relaciones Internacionales, v. 25, p. 81-97, 2016.
SHIFTER, M. & JAWAHAR, V. Latin America Defies Old Labels. Los Angeles Times. March, 01, 2005.
SIMONOFF, Alejandro. Regularidades de la Política Exterior de Néstor Kirchner CONfines, 5/10 agosto-diciembre 2009.
SMITH, James. The Idea Brokers: Think Tanks and the Rise of the New Policy Elite. New York: Free Press, 1991.
STONE, Diane and DENHAM, Andrew (eds.). Think tank traditions: policy research and the politics of ideas. Manchester: Manchester University Press, 2004.
SVARTMAN, Eduardo. A Agenda de Defesa do Brasil para a América do Sul. In: Carlos Schmidt Arturi. (Org.). Políticas de Defesa, Inteligência e Segurança. Porto Alegre: UFRGS/CEGOV, 2014.
SVARTMAN, Eduardo. Os think tanks dos EUA e as visões sobre a atuação internacional do Brasil. Relaciones Internacionales, n. 50, p. 171-186, 2016.
WELDES, Jutta, Constricting national interests. European Journal of International Relations 1996; 2; 275-318.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.