A nova doutrina nuclear dos EUA e a materialização do Hemisfério Sul livre de armas nucleares

Autores

  • David Morales Martinez Universidade Federal do ABC– UFABC

Resumo

Em 2010, os EUA modificaram a sua doutrina nuclear, impondo restrições ao uso de armas nuclearesem possíveis conflitos bélicos. Os EUA afirmaram não usar tais armas contra países que não possuemesse tipo de armamento. Contrariamente, a Rússia, dias antes, tinha enrijecido sua doutrina, afirmandoa não discriminação de alvos para ataques com armas nucleares. O novo posicionamento doutrináriodos EUA significou dar um passo a mais em direção à consolidação de um velho projeto que pretendea materialização de um mundo livre de armas nucleares. No entanto, há uma dicotomia na formulaçãoda política externa estadunidense com relação ao desarmamento. As Zonas Livres de Armas Nucleares(ZLAN), têm se incrementado no período do pós-Guerra Fria e, atualmente, existe um projeto devinculação entre as ZLAN da América Latina (Tratado de Tlatelolco), da África (Tratado de Pelindaba),e do Pacífico (Tratado de Rarotonga) para concretizar a conformação do Hemisfério Sul como áreaLivre de Armas Nucleares (HSLAN). Essa iniciativa não parece ser do agrado das potências nuclearese, principalmente, dos EUA, por perceber que os seus interesses geopolíticos nessa área se encontramlimitados e ameaçados.

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Biografia do Autor

David Morales Martinez, Universidade Federal do ABC– UFABC

Professor do Bacharelado em Ciências e Humanidades, e do Bacharelado em Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC– UFABC. Professor Colaborador do mestrado em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba –UEPB. Doutor emIntegração da América Latina –PROLAM/USP; Mestre em Relações Internacionais –UnB, Cientista Político pela Universidade Nacionalde Colômbia.

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Publicado

2012-06-20

Como Citar

Martinez, D. M. (2012). A nova doutrina nuclear dos EUA e a materialização do Hemisfério Sul livre de armas nucleares. Carta Internacional, 7(1), 53–68. Recuperado de https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/50

Edição

Seção

Artigos